A Regional Campinas do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) promoveu no último dia 24 de novembro o workshop Racionalização do Sistema de Revestimento com Argamassa Projetada, com o objetivo de apresentar e discutir procedimentos, materiais e equipamentos junto à comunidade da construção civil. Realizado no auditório do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), o evento reuniu engenheiros, construtores, projetistas de engenharia, fornecedores de materiais, produtos e equipamentos. “É um evento importante porque aproxima a comunidade das tecnologias do mercado. E os benefícios são para o setor da construção civil”, diz o diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Márcio Benvenutti. Ministrado pelo engenheiro Fábio Campora, diretor-executivo da ABAI (Associação Brasileira de Argamassa Industrializada), o workshop mostrou os benefícios dos processos de racionalização no sistema de revestimento de paredes internas e externas por mecanização na execução. “A produção e aplicação da argamassa racionaliza o processo com ganhos de produtividade que varia de obra para obra. É uma prática já adotada em larga escala no exterior e que começa a ganhar impulso no Brasil”, explica Campora. Nesse sistema, ao contrário do processo de produção da argamassa no próprio canteiro de obras, o produto já chega pronto, otimizando o desempenho. “Inicialmente o produto custa mais na comparação com os podem ser misturados. Porém, o serviço já está embutido. Então, no cálculo do custo final do acabamento, a conta fica mais baixa. E redução nos custos é fundamental. Além disso, tem o ganho de qualidade do revestimento, rapidez na execução do serviço e redução do desperdício”, observa.O gerente da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) para o Estado de São Paulo, Ricardo Moschetti, diz que no Brasil algumas empresas estão apostando no processo de gestão da argamassa, mas a tendência é de que esse mercado tenha crescimento rápido. “São vários tipos de composição de massa e sistemas. E sem dúvida, é uma evolução para as empresas. E estamos trazendo informações sobre as tecnologias para a região e para a comunidade da construção”, destaca. Entre as empresas que apostam no novo sistema está a Votorantim Cimentos. O gerente técnico da empresa, Marcus Coimbra Israel diz que desde 1997 que a empresa investe nos processos de argamassa e acha que a tendência é de que haja uma ampliação do mercado. “Estimamos que hoje o mercado de argamassa industrializada está em 10%. Mas os grandes benefícios do produto, que promove um ganho geral no canteiro de obra, estão sendo difundidos e esse índice deve aumentar rapidamente”, comenta.
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